domingo, 13 de abril de 2014

Resenha - Renato de Oliveira Pereira



Obras Incríveis - Ilhas Artificiais de Dubai
Um dos projetos de engenharia mais audaciosos do nosso tempo se encontra no Golfo Pérsico. As Palm Islands são ilhas artificiais que se encontram em Dubai e são consideradas os maiores projetos de saneamento em todo mundo. A primeira construída foi a Palm Jumeirah, iniciada em 2001 e que começou a funcionar por completo em 2009, que se estende por mais de 5 quilômetros da costa. Ela é tão grande que pode ser vista do espaço e sua construção foi considerada um grande desafio.
A grande parte das grandes construções existentes no nosso planeta é feita de concreto e aço, entretanto a Palm Jumeirah foi construída apenas com materiais naturais, pedras e areia, pois ela deveria está em harmonia com a região. A quantidade de material utilizada na construção seria suficiente para construir um muro de 2,5 metros de altura ao redor do planeta. Dubai, que se encontra nos Emirados Árabes Unidos, é um reino construído com a força da riqueza do petróleo. Buscando fontes de renda alternativa para o futuro, os líderes locais decidiram transformar o local no destino turístico mais luxuoso do mundo. Todavia, o maior problema era a extensão de sua costa, que não fornecia espaço suficiente para cumprir o objetivo, surgiu à ideia da criação da ilha, cujo formato foi pensado para reforçar a ideia de um cenário paradisíaco. Ela aumenta a extensão da costa do país em 56 quilômetros.
Para concretizar essa ideia, foram contratados engenheiros holandeses, pois a Holanda é especialista em controlar o mar, aumentando, através de suas técnicas, sua área terrestre em 35%. Inicialmente, eles precisaram comprovar que a realização da obra seria possível e se ela ficaria no lugar. Foi elaborado um quebra-mar em torno da ilha. Para calcular suas dimensões, foram utilizadas variáveis como a força das tempestades que atingem a região e o efeito do aquecimento global no nível dos oceanos. Os estudos na região comprovaram que ela era um ótimo local para a construção, pois o golfo tem em média 30 metros de profundidade e 160 km de largura, sendo pequeno e raso para ocorrer catástrofes provocadas por ondas. Todavia, as tempestades eram preocupantes, o que tornou realmente necessário a construção, deveria ter no mínimo 3 metros a mais que o tamanho médio das ondas e ter 11,5 km de extensão. Hoje, a Palm Jumeirah está erguida cerca de 4 metros acima do nível do mar e está assentada a 10 m da água em seu ponto mais profundo.
A areia, revestida por um geotêxtil permeável que evita erosões, compõe a camada inferior do quebra-mar. Uma tonelada de pedras cobrem a areia e duas camadas de pedras grandes, que pesam até seis toneladas cada, protegem a estrutura. O quebra-mar também tem duas aberturas de 100 m de cada lado para eliminar a estagnação dos 16 canais estreitos e profundos. Esses espaços permitem que a água circule totalmente a cada 13 dias.
Embora tenham acontecido alguns acidentes durante a obra devido à força das águas, os projetistas acreditam que o quebra-mar irá proteger a ilha em formato de palmeira das mudanças climáticas normais do golfo, e até de tempestades de grandes proporções. Eles até sugerem que as vilas, a apenas 3 m acima do nível do mar, ficarão protegidas do aumento do nível das águas devido ao aquecimento global.
As ilhas foram construídas com areia dragada do leito do mar. Palm Jumeirah é composta por 92 milhões de metros cúbicos de areia do oceano vibro-compactada no local. A vibro-compactação aumenta a densidade da areia solta, saturando-a com jatos de água e vibrando-a com sondas. Para acertar o formato complexo das ilhas, designers e construtoras utilizaram os Sistemas de Posicionamento Global (GPS) para planejar a palmeira e assegurar que a areia seja colocada no lugar certo.

Gigantes da Engenharia – Reconstrução World Trade Center
Após a destruição do World Trade Center nos ataques de 11 de setembro de 2001, houve muito debate sobre o futuro do local do World Trade Center. Propostas começaram quase imediatamente após os atentados e, até 2003, a Lower Manhattan Development Corporation organizou um concurso para determinar a forma como a área seria usada. A rejeição pública da primeira rodada de projetos, a "Conceitos de Design Preliminares", levou a uma segunda competição mais aberta em dezembro de 2002, o "Estudo de Design Inovador", na qual um desenho de Daniel Libeskind foi selecionado. Este projeto passou por várias revisões, em grande parte devido a discordâncias com a desenvolvedora Larry Silverstein, que detinha o contrato de arrendamento para o local do World Trade Center em 11 de setembro de 2001.
Um projeto final para a "Torre da Liberdade" foi oficialmente lançado em 28 de junho de 2005. Para satisfazer as questões de segurança levantadas pelo New York City Police Department, uma base de concreto de 187 pés (57 m) foi adicionada em abril daquele ano. O desenho final incluiu um plano para folhear a base com prismas de vidro para enfrentar as críticas de que a base parecia um "bunker de concreto" (é uma instalação fortificada fechada e abobadada, independente ou integrada numa fortificação maior, à prova dos projéteis inimigos), embora tenha se provado inviável e uma simples frente de vidro seja agora planejada. Contrastando com o plano original de Libeskind, o design final afunila-se ortogonalmente à medida que sobe. Seus projetistas afirmaram que a torre será uma estrutura monolítica de vidro refletindo o céu e coberta por uma antena esculpida. Em 26 de abril de 2006, a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey elaborou um acordo formal no 75.º aniversário da abertura do Empire State Building para o início das obras. A construção começou em maio com uma cerimônia formal, que ocorreu quando a equipe de construção chegou. O edifício alcançou a altura prevista no final de 2011 e para estar pronto para ocupação em 2013.
Em 2009, a Autoridade Portuária mudou o nome do edifício de "Torre da Liberdade" para "One World Trade Center", afirmando que este nome é mais fácil para as pessoas se identificam.

Mega Construções – Canal do Panamá
A ampliação do Canal do Panamá, que permitirá a passagem dos maiores barcos da atualidade pela via interoceânica, é por sua complexidade e tamanho a obra emblemática do século para a engenharia universal. Em síntese, a ampliação é basicamente a criação de uma nova via de tráfico ao longo do Canal paralela à existente, mediante a construção de um terceiro sistema de eclusas considerado o mais complexo para a engenharia.
Dito projeto, que custa 5,25 bilhões de dólares, foi aprovado pelo povo panamenho em um referendo nacional no dia 22 de outubro de 2006 e depois das licitações internacionais de rigor, iniciou-se oficialmente em 3 de setembro de 2007. Os trabalhos avançam necessariamente devagar, e desde então, o projeto está 43% concluído, pois cada parte da obra tem seu cronograma de execução específico. O único atraso registrado é na construção dos dois novos sistemas de eclusas cujo avanço é de apenas 29%, o que pode significar um atraso equivalente a dois meses na finalização da obra e sua entrada em operações comerciais.
O contratista - Grupo Unidos pelo Canal (GUPC) - informa um atraso de seis meses na execução de obras devido à lentidão para elaborar a mistura correta do concreto, e a fórmula que cumprisse com os requisitos solicitados, explicou Alberto Alemán Zubieta, administrador do Canal. A qualidade do basalto que deve ser utilizado com o concreto, de responsabilidade da Autoridade do Canal do Panamá (ACP) não cumpria com o estabelecido nas especificações técnicas do contrato, motivo pelo qual teve que mudar as especificações das duas plantas construídas para isso, alegou Bernardo González Meneses, diretor de Projetos do GUPC.
Se o contratista conseguir recuperar o tempo perdido, é possível terminar a monumental obra no último trimestre de 2014 e festejar, com a passagem dos maiores cargueiros, o centenário da via interoceânica, inaugurada 15 de agosto de 1914. Se não for possível, terá que esperar pelo menos até abril de 2015.
Até agora, pelo Canal do Panamá somente podem passar barcos de dimensões limitadas porque as medidas dos corredores foram determinadas pelas características físicas do leito, a complexidade da obra e a envergadura dos navios daquela época.
Sua construção marcou uma grande façanha da engenharia e da vontade do homem, pois naquele momento não existia uma tecnologia como a de hoje, e os construtores enfrentaram riscos adicionais padecidos pelos operários agora muito menores, como as doenças, em especial a febre amarela, a qual dizimou a massa de trabalhadores e só se resolveu graças às pesquisas do cientista cubano Carlos J. Finlay, descobridor do Aedes aegypti como agente transmissor do mau que tanto dano causou nas obras do canal.
Em consequência, pela via interoceânica na categoria de barcos containers podem cruzar agora somente os que carregam os de 20 pés, mas em 2015 estarão passando os de 40 pés, e se forem criados outros de maiores dimensões, também poderão atravessar.

Nome: Renato de Oliveira Pereira                        

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