Millau, uma cidade no sul da França, sofria
com o grande congestionamento principalmente no período de verão, por ligar
Paris às praias do mediterrâneo. O governo francês para agilizar o percurso e
acabar com esse congestionamento decidiu criar uma ponte que faz a travessia o
rio Tarn, criando o projeto visionário, um viaduto com mais 343 metros de
altura.
Para vencer a licitação uma empresa se
propôs em executar em tempo recorde de quatro anos, a mais alta ponte de cabo
fixo, tendo que qualquer atraso seria cobrado um valor de penalidade de 30 mil
dólares por dia. Os desafios não param em apenas no tempo, a equipe teve de
sobreviver deslizamentos de terra, ventos com mais de 130 Km/h e violentas
tempestades, enquanto a ponte simplesmente se equilibrava no ar.
O arquiteto Norman Foster, foi responsável
por dar uma beleza a mais no projeto do engenheiro Michel Virlogeux, com uma
geometria inovadora, o arquiteto visava deixá-lo com uma certa “delicadeza”.
Complicando a vida dos engenheiros e dos operários, que para atender toda
geometria do projeto montaram e desmontaram as enormes, formas de aço, mais 250
vezes, sendo que cada forma pesa aproximadamente, 15 toneladas.
A obra com mais de 343 metros de altura, com
uma via de 36 mil toneladas e em cima delas 7 torres de aço cada uma pesando
700 toneladas, usando aproximadamente 200 mil toneladas de concreto. Era necessária
uma grande precisão nos cálculos para que cada um dos 9 pilares estejam
devidamente no prumo, e com a altura correspondente ao projeto, qualquer erro
seria um desastre.
Tendo de enfrentar mais um problema quer era
passar a pista sem que ela derrube os pilares, definiram que se usariam
soquetes hidráulicos em cima do pilares. Tendo isso a pista foi construída no
solo, visando à segurança dos operários, e levada para o final do viaduto e deslocado
lentamente de uma torre a outra, com 8 torres temporárias em aço, provendo
sustentação adicional. O movimento era controlado por computador para que todos
os soquetes hidráulicos funcionem juntamente se movimentando em uma sequência
pré-determinada caso isso não ocorresse, a força poderá ir separando os pilares
ate que eles caíssem.
No dia 14 de dezembro de 2004, termina a
obra, e um novo marco para a engenharia pelo seu tamanho e beleza. É
impressionante a tecnologia usada para execução, a precisão dos cálculos e
ainda terminar uma obra desse padrão sem nenhum acidente fatal, e um período
tão curto, mesmo com todos os contratempos.
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